quinta-feira, 21 de julho de 2011

A precariedade da educação pública de base brasileira.

Olá!
    Hoje resolvi escrever um pouco sobre um fato que me intriga muito em meus questionamentos: o que eu penso da educação PÚBLICA de base no nosso país! Você deve estar se perguntando " por que educação?"
       Ora, a educação é o alicerce de tudo! Sem uma educação de base qualificada, nós não temos perspectiva de um futuro melhor, não conseguimos nos comunicar com os que nos cercam. Enfim, com uma educação deficitária, ficamos muito aquém do modelo de desenvolvimento imposto pelos países de primeiro mundo. Bem, esta é a minha idéia, que concluí após refletir acerca deste entrave tão aparente em todos os estados brasileiros.Mas a discussão sobre educação pública de base não pode se esgotar nunca.  
         Como pode em uma escola faltar professores, merenda, cadeira, mesa, livro, giz? No Brasil  a ausência de educadores,  de material tornou-se algo banal e constante. 
        A cada dia torna-se mais corriqueiro observarmos crianças e adolescentes inseridas no tráfico de drogas. Todavia não podemos banalizar este fato e muito menos fechar os olhos frente a este desafio.
       Devemos nos questionar o motivo pelo qual estes infantes se encontram nesta situação tão deplorável. Então, surgem algumas hipóteses. Os meninos e meninas se envolvem no tráfico porque querem? A família é a culpada ou é a sociedade? O Estado tem exercido seu papel no que diz respeito à garantia de direitos da criança e do adolescente?
    Após refletir sobre estes questionamentos e não pensá-los de forma estanque a uma sociedade capitalista, geradora de mais-valia que pressupõe a desigualdade para sua continuidade, manutenção e conservação; num contexto neoliberal de redução do Estado como provedor de políticas sociais/públicas, findo ressaltando que uma vez que a instituição a qual todos esperam e acreditam não oferece respostas, lazer, alimentação, saúde, educação, habitação dignos de sobrevivência, encontram outras alternativas para apostar viver por mais alguns meses e anos.
      Quando se fala em criminalização da pobreza, há por trás dessa expressão, o ponto da educação velado. Estas crianças e adolescentes aos quais fiz referência anteriormente, não possuem a mínima perspectiva de uma vida melhor, não se sentem de fato iguais e muito menos cidadãos de direitos como está preconizado na Constituição Federal de 1988!
    Essa discussão que aparenta ser muito salutar é também complexa e para melhor apreensão precisamos nos despir de preconceito. Portanto, não cabe a nós julgamento ou culpabilização das crianças pela “escolha” que fizeram, mas procurar compreender o motivo de tal escolha. Faz-se mister também atentar que esta não é uma escolha de fato,  mas sim uma forma encontrada por muitos para prover o mínimo que não lhes é oferecido, mesmo sendo um DIREITO previsto em lei.


     Por hoje foi só isso! Espero que vocês possam refletir um pouco mais sobre alguns fatos antes de querer julgar recorrendo ao senso comum. Lembre-se sempre que um pouco de senso crítico (atitude científica) não faz mal a ninguém!
         

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A Seguridade Social brasileira: "unidade de contrários".

Boa noite!

Muito tempo sem postar aqui! Mil perdões a todos, mas estive bastante atarefada durante as duas últimas semanas.
Como já contei a vocês, vou falar sobre as políticas sociais em meu TCC.
Hoje quero compartilhar o conceito definido por Ana Elizabete Mota de “unidade de contrários”, que se materializa na Seguridade Social.
Muitos confundem a Seguridade Social com a Previdência Social. Vou tentar explicar de forma clara a diferença entre as duas.
Bem, a seguridade social corresponde à junção de três políticas sociais para constituição da cidadania, sendo elas: Assistência social, saúde e previdência. Esta última é um seguro social.
A saúde, conforme preconiza o a Lei 8080/90- Lei do SUS(Sistema Único de Saúde), é um direito universal, ou seja, a saúde no Brasil é para todos. Rico, pobre, classe média, branco, negro, amarelo, criança, adolescente, adulto, idoso. TODOS mesmo, sem distinção! Linda mesmo essa lei, não é? 
Já a assistência social atende aqueles que não têm condição de se sustentar, os que dependem do Estado para sobreviver, os considerados carentes. O indivíduo deve provar a sua incapacidade de prover as necessidades básicas para ter acesso à assistência- assim prescrita na Constituição Federal de 1988.  A teoria e a prática se articulam? No Brasil todos aqueles que não conseguem ter acesso ao trabalho são assistidos pelo Estado? Cabe aqui ressaltar um fato... Sim caros leitores, o cidadão precisa humilhar-se a fim de efetivar um direito. Logo, a assistência social não é para todos.
Ao pensar em Previdência, logo associamos ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Portanto, a previdência é uma das políticas constitutivas do tripé da Seguridade Social. Tal política mencionada pode ser também chamada de seguro social. Você deve estar se perguntando para quem se dirige a previdência. Pois bem, ela se dirige ao trabalhador que deve contribuir para ter direito a aposentadoria, por exemplo. Logo, o trabalho está entre a assistência e a previdência, e é ele que ao invés de agregá-las, as repele. Porque quem trabalha contribui, isto é, faz parte da previdência e quem não trabalha recorre a assistência. As comparações entre tais políticas não se esgotaram ainda, pois a assistência é subserviente à política previdenciária.
Então, chamamos de unidade de contrários. Concepções tão distintas unem políticas na Seguridade Social para uma finalidade comum.

Foi bem corrido esse post, mas espero ter conseguido passar o conceito!
Depois vou retomando.
Aaaah já ia me esquecendo! Vou ao Encontro Nacional de Política Social que acontecerá em Vitória-ES nos dias 28, 29 e 30 de setembro! Os que tiverem interesse é só fazer a inscrição no site http://www.enps.com.br/capa e corre, hein! Não sei se ainda há vagas. Já garanti a minha no primeiro dia de inscrições. o/
Muito obrigada por me acompanharem.
Abraços!




quinta-feira, 2 de junho de 2011

Meu tema de TCC concretizado

Boa noite, leitores!
Hoje decidi postar sobre o meu tema de TCC. 
Bem, como já mencionei aqui meu fascínio é o estudo sobre a política... mais especificamente as políticas sociais, que são de extrema importância para a prática do assistente social.
A disciplina de Política Social II foi o divisor de águas para a confirmação que eu havia feito a escolha certa lá no início, quando prestei vestibular.
Hoje encontrei com meu Mestre e futuro orientador, Professor Marco Antônio, por quem tenho imensa admiração e afeto. A cada dia que eu troco idéias com ele, mais aumenta a minha vontade de estudar e me aprofundar sobre os conceitos, as contradições intrínsecas no sistema capitalista.
Durante as aulas eu ia criando questionamentos que até hoje não consegui respondê-los de forma estanque à sociedade contemporânea e à formação histórico-social brasileira. Creio que não é possível analisar a política separada da sociedade, dos ranços, dos preconceitos, das desigualdades pré-estabelecidas. Cabe a nós, sujeitos de valores morais, históricos, desconstruir o senso comum impregnado na sociedade brasileira.
Desde o ano passado comecei a analisar as políticas para além do que está posto, considerando as contradições inerentes da relação entre capital x trabalho que se materializa como a questão social.
Portanto, após muitas reflexões acerca da conjuntura contemporânea decidi pesquisar mais intensamente e cientificamente. Meu tema então foi pensado, amadurecido e concretizado como: A trajetória do neoliberalismo e suas implicações nas políticas sociais do município de Itaperuna: o olhar dos usuários x o olhar dos assistentes sociais.
Minha idéia é realizar pesquisa bibliográfica, que já foi iniciada e também pesquisa de campo.
É importante ressaltar (para os que ainda não sabem) que a população atendida pelo Serviço Social é chamada de “usuário”, o que não reduz ao atendimento apenas de álcool e outras drogas.
Hoje quis compartilhar com vocês meu tema de TCC e acredito que meu objetivo foi cumprido. Fui bem sucinta, mas com o decorrer do tempo vou publicando minhas ideias.

Abraços,
Carol Andrade

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O dia de hoje !

Boa Noite, leitores!

Hoje meu dia foi bem corrido (como todas as quartas-feiras), porém proveitoso!
Para os que ainda não sabem, eu sou professora de inglês do CER (Centro Educacional Redentor) e da Faculdade Redentor, onde passei meu dia e estive até agora pouco.
Prometi contar o tema da minha monografia, mas hoje aconteceu um fato que me deixou bastante inquieta e resolvi compartilhar com vocês.
Ontem eu já pensava em o que eu iria escrever hoje, mas como as relações sociais afetam diretamente a forma de construirmos nossos conceitos para além do senso comum, preferi contar um fato que me chamou atenção hoje.
Bem, na aula do Ensino Médio do colégio ficaram apenas dois alunos. Os meninos começaram a falar de filmes e, de repente, surgiu o assunto de política, violência, atitudes que nos deixam inquietos. O olhar destes meus alunos me deixou super orgulhosa! haha Eles foram falando o que os aborrecia, sem banalizar a pobreza, a condição que as pessoas se encontram.
Durante a conversa, confessei a eles que eu não tinha este olhar antes, que só foi sendo aperfeiçoado e cultivado dentro da academia. Ainda está sendo construído, pois não somos detentores do conhecimento, estamos sempre aprendendo algo novo. O pouquíssimo tempo que debatemos, aprendi com eles.
Quero deixar claro que minha intenção não é que vocês se tornem cidadãos que só se lamentam do sistema, de ter que pagar tantos impostos, de uma saúde tão precária, uma educação de péssima qualidade. Minha finalidade é a reflexão crítica no sentido de compreender os pontos positivos (se é que existem!) e negativos da dinâmica capitalista e do Estado. Para isto acredito que mencionarei muitos autores como José Paulo Netto, Marilda Vilela Iamamoto, Elaine Behring, Ivanete Boschetti, Potyara Pereira, Aldaiza Sposati, Ana Cristina Laurell,  Ana Elizabete Mota,  Laura Tavares, entre outros Doutores em Serviço Social.
No decorrer do(s) ano(s) irei compartilhando com vocês minhas leituras, estudos, pesquisa de campo. (Ah, também pretendo publicar um artigo até o final deste ano!)
Não sei se vou conseguir escrever todos os dias algo novo para postar aqui e acessar a internet, mas prometo que vou tentar encontrar um tempinho.
Por hoje é só!
No próximo post já irei trazer alguns autores que eu me baseio e que enriquecem o conteúdo teórico para melhor reflexão acerca da realidade.

Beijos,
Carol Andrade

terça-feira, 31 de maio de 2011

Introdução crítica às políticas sociais no capitalismo tardio: o caso brasileiro

Olá, gente!
Vocês devem estar se perguntando o motivo de uma garota de 19 anos do interior que poderia fazer um blog pra escrever textos sobre amor, tristezas, angústias, medos, decepções, esperança vem escrever sobre política e afins. Pois é, meu fascínio por política despertou de fato no ano passado durante minhas aulas de Política Social II. No início eu achava que o professor era louco e que o capitalismo era muito bom!
 Depois de duas aulas meu pensamento foi mudando e percebi o quanto é importante ter um conhecimento, mesmo que pequeno, sobre política. Não digo aqui política partidária... se você é PT ou PSDB, PMDB, PSOL, PV,  entre outros tantos partidos políticos. Todavia a partir do momento que você decide analisar melhor a política a nível mundial, federal, estadual e municipal, já se simpatiza com um partido e, conseqüentemente tem aversão a outro! Haha
Além disso devemos nos atentar que nenhum partido é perfeito. Precisamos abusar de nosso poder crítico a fim de analisarmos além do que está posto, usufruir da tal capacidade teleológica que diferencia o homem dos outros animais- a capacidade de criar, antever o produto final no que se refere à categoria trabalho. Meu professor diz que devemos ser "cricri", mas não é o "cricri" tão famoso no senso comum... é ser crítico e criativo!
Neste primeiro post gostaria de compartilhar mais com vocês a respeito do meu pré-conceito, pré-noções. Para quem ainda não sabe, eu curso o 5º período de Serviço Social. Quando entrei na academia, na verdade eu não sabia de fato porque eu estava ali, não conhecia a prática profissional. Escolhi minha vida aos 17 anos, como alguns amigos do colégio também.
Eu estava insegura e assim fui levando por quase dois anos de faculdade. No 4º período compreendi que havia tomado a decisão correta, e foi quando me interessei por política e logo despertei em estudar mais sobre o tema de verdade! 
Foram surgindo várias ideias para tema de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) e todas eram ligadas diretamente a políticas sociais. No início deste ano recortei bastante o tema e já me decidi! No próximo post conto qual é!
Tenho muito pra falar, desabafar e compartilhar aqui, mas já está tarde e muitas ideias, teses, conceitos vêm em minha cabeça.
Espero que vocês me acompanhem depois que eu terminar na academia também, pois pretendo continuar sendo estudante! (:

Grande abraço,
Carol Andrade