Olá!
Hoje resolvi escrever um pouco sobre um fato que me intriga muito em meus questionamentos: o que eu penso da educação PÚBLICA de base no nosso país! Você deve estar se perguntando " por que educação?"
Ora, a educação é o alicerce de tudo! Sem uma educação de base qualificada, nós não temos perspectiva de um futuro melhor, não conseguimos nos comunicar com os que nos cercam. Enfim, com uma educação deficitária, ficamos muito aquém do modelo de desenvolvimento imposto pelos países de primeiro mundo. Bem, esta é a minha idéia, que concluí após refletir acerca deste entrave tão aparente em todos os estados brasileiros. Mas a discussão sobre educação pública de base não pode se esgotar nunca.
Como pode em uma escola faltar professores, merenda, cadeira, mesa, livro, giz? No Brasil a ausência de educadores, de material tornou-se algo banal e constante.
A cada dia torna-se mais corriqueiro observarmos crianças e adolescentes inseridas no tráfico de drogas. Todavia não podemos banalizar este fato e muito menos fechar os olhos frente a este desafio.
Devemos nos questionar o motivo pelo qual estes infantes se encontram nesta situação tão deplorável. Então, surgem algumas hipóteses. Os meninos e meninas se envolvem no tráfico porque querem? A família é a culpada ou é a sociedade? O Estado tem exercido seu papel no que diz respeito à garantia de direitos da criança e do adolescente?
Após refletir sobre estes questionamentos e não pensá-los de forma estanque a uma sociedade capitalista, geradora de mais-valia que pressupõe a desigualdade para sua continuidade, manutenção e conservação; num contexto neoliberal de redução do Estado como provedor de políticas sociais/públicas, findo ressaltando que uma vez que a instituição a qual todos esperam e acreditam não oferece respostas, lazer, alimentação, saúde, educação, habitação dignos de sobrevivência, encontram outras alternativas para apostar viver por mais alguns meses e anos.
Quando se fala em criminalização da pobreza, há por trás dessa expressão, o ponto da educação velado. Estas crianças e adolescentes aos quais fiz referência anteriormente, não possuem a mínima perspectiva de uma vida melhor, não se sentem de fato iguais e muito menos cidadãos de direitos como está preconizado na Constituição Federal de 1988!
Essa discussão que aparenta ser muito salutar é também complexa e para melhor apreensão precisamos nos despir de preconceito. Portanto, não cabe a nós julgamento ou culpabilização das crianças pela “escolha” que fizeram, mas procurar compreender o motivo de tal escolha. Faz-se mister também atentar que esta não é uma escolha de fato, mas sim uma forma encontrada por muitos para prover o mínimo que não lhes é oferecido, mesmo sendo um DIREITO previsto em lei.
Por hoje foi só isso! Espero que vocês possam refletir um pouco mais sobre alguns fatos antes de querer julgar recorrendo ao senso comum. Lembre-se sempre que um pouco de senso crítico (atitude científica) não faz mal a ninguém!